• Biossegurança na Odontologia

A biossegurança envolve uma série de ações que visam prevenir e proteger trabalhadores e pacientes, e que visam reduzir os riscos em atividades que possam afetar a saúde humana, animal e o meio ambiente. Nesse mês, entenderemos os pontos-chave que precisam de mais atenção e como utilizar esse conhecimento no trabalho diário do laboratório de próteses e da clínica odontológica. Preste atenção às regras de segurança biológica da odontologia.  Apesar de já ser um problema bastante resolvido, principalmente durante a atual pandemia, o fortalecimento da necessidade de atendimento é fundamental. Afinal, se não forem controlados, os riscos biológicos podem causar infecções cruzadas e afetar a saúde de todos os envolvidos.

  • Fluxos de trabalho e os riscos

Em laboratórios de prótese dentária, além de seguir recomendações em um ambiente comum, também pode haver riscos no compartilhamento de materiais entre dentistas e técnicos de prótese dentária. Portanto, é importante prestar atenção a todas as etapas do fluxo de trabalho e analisar a melhor forma de evitar a disseminação de patógenos em cada patógeno.
“Gotículas e aerossóis oriundos de ambientes odontológicos são um grande risco biológico, principalmente por se saber que existem vírus que podem permanecer infecciosos em superfícies úmidas de 2 horas até 9 dias. ” – (Conselho Federal de Odontologia)

  • Fluxo de Trabalho Convencional

No fluxo de trabalho tradicional, a impressão é simulada e transportada para o laboratório, o risco biológico pode ser maior. Por ser uma tarefa muito trabalhosa, os materiais estarão sempre contaminados, tornando vulneráveis laboratórios, pacientes e comunidades. Para evitar a disseminação da patologia nessas pessoas, o ideal é permitir que os profissionais recebam alguns cuidados básicos. Alguns deles, citamos a seguir:

✅ Desinfecção e/ou esterilização de equipamentos, instrumentos e superfícies;

✅ Desinfecção e/ou esterilização de materiais odontológicos;

✅ Utilização correta de EPIs;

✅ Descarte adequado de resíduos.


Clique no link abaixo e veja o documento publicado pela ANVISA para saber qual EPI é o ideal em cada tipo de atividade e interação.LINK: https://bit.ly/317T1v0

  • Fluxo de trabalho semi ou totalmente digital

No fluxo de trabalho digital, parte ou todas as próteses são feitas digitalmente e a ameaça geralmente é pequena. Especialmente ao transferir dados intraorais da clínica para o laboratório, o risco é reduzido.Portanto, podemos dizer que fluxos de trabalho semi-digitais ou totalmente digitais são vitais para proteger a biossegurança. Em qualquer caso, deve ainda ser desinfetado e / ou esterilizado no ambiente de trabalho, equipamentos e materiais, e no uso adequado de EPI.
Para entender melhor como realizar a limpeza manual e esterilização de ponteiras de escaneamento acesse o manual do CFO pelo link a seguirLINK: https://bit.ly/31ayYvV

  • Os níveis de eficácia da desinfecção

O correto processo de higienização e desinfecção da prótese depende do tipo de material utilizado. Uma vez definidas essas informações, é possível saber qual produto e o tempo de imersão são os melhores para remover os patógenos. Além disso, é necessário atentar para o nível de eficácia da desinfecção, que é diferente da esterilização.
A esterilização visa eliminar completamente todos os microrganismos patogênicos. A desinfecção é a eliminação de alguns desses microrganismos. De acordo com a introdução da Federal Dental Commission (CFO), existem pelo menos três níveis de eficácia da desinfecção:

  1. Alto nível: efetua a extinção da maioria dos micro-organismos causadores de infecções, inclusive esporos.
  2. Nível intermediário: envolve a destruição de alguns micro-organismos, não incluindo esporos.
  3. Baixo nível: quando há pouca eliminação de micro-organismos patogênicos.

  • Como fazer uma desinfecção efetiva

Se não for manuseado corretamente, o processo de desinfecção do molde pode causar deformação das peças ou representar algum risco para o profissional. Portanto, é importante seguir as recomendações e compreender as diferentes formas de realizar este processo.Preparamos uma tabela com algumas informações com produtos e tempo necessário de exposição, veja abaixo:

Nível de desinfecçãoProduto desinfetanteTempo de exposição para Alginato e poliéterTempo de exposição para demais produtos
AltoGlutaraldeído (2%)Borrifar e guardar por 10 minBorrifar e guardar por 10 min ou imersão em 10 min
IntermediárioHipoclorito de sódio (0,5% ou 200-5000 PPM)Iodofórmios (1-2%)

Fenóis (1-3%)
Clorexidine (2-4%)
Álcool (70%)
Borrifar e guardar por 10 minBorrifar e guardar por 10 min ou imersão em 10 min
BaixoAmônia quartináriaDetergentes Fenólicos simplesBorrifar e guardar por 10 minBorrifar e guardar por 10 min ou imersão em 10 min

Lembrando que essas informações são retiradas do “Manual de Biossegurança e Esterilização de Materiais de Moldagem e Moldes para Profissionais de Prótese Dentária”, fornecido pela Comissão Federal de Odontologia (CFO).Para cada tipo de desinfetante, existe uma forma correta de uso, que deve ser seguida em todos os momentos. Por exemplo, os produtos de glutaraldeído têm uma alta capacidade de desinfecção, mas representam riscos para os profissionais que os utilizam. Para entender melhor os métodos de manuseio de todos, visite o manual elaborado pelo CFO.Acesse o link: https://bit.ly/31ayYvV

  • Infecção Cruzada, o que é e como prevenir

A infecção cruzada é a transferência de contaminantes por falta de cuidado (como esterilização e desinfecção de equipamentos e materiais). Seu papel pode aumentar muito o índice de infecção de pacientes e profissionais, portanto, eles precisam ser analisados com cautela.De acordo com as recomendações da ANVISA, veja abaixo como evitar a disseminação de patógenos em ambientes comuns:


✅Necessidade de uso de máscara e fornecimento de álcool gel;

✅Verifique os sintomas de covid-19 e meça a temperatura;

✅Mantenha o ambiente ventilado;

✅Instale divisórias entre os profissionais para evitar a propagação de aerossóis;

✅Mantenha o ambiente sempre limpo e higiênico.

Além disso, é importante evitar infecções cruzadas entre profissionais de laboratórios, clínicas odontológicas e comunidades. Para tanto, é ideal tomar as seguintes medidas:


✅Desinfetar e / ou desinfetar materiais compartilhados entre laboratórios e clínicas ;

✅Use equipamento de proteção individual, por exemplo, os agentes patogênicos não se espalham através de roupas e cabelos;

✅Preste atenção à desinfecção, revisão e reparo de equipamentos;

✅Limpe as mãos com água e sabão ou desinfete-as com álcool 70%.

  • Influências do comportamento humano

Porque o erro humano é uma das principais razões para o aumento do risco em ambientes clínicos e laboratoriais. Segundo a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), alguns deles são:

✅ Limpeza incorreta ou dos materiais deficientes;

✅ Utilização de barreiras inadequadas para os artigos;

✅ Confecção de pacotes muito grandes, pesados/apertados;

✅Disposição inadequada dos pacotes na câmara da autoclave;

✅Abertura muito rápida da porta ao término da esterilização;

✅Tempo de esterilização insuficiente;

✅Utilização de pacotes que sai úmidos da autoclave;

✅Mistura de pacotes esterilizados e não esterilizados;

✅Não identificação dos dados de esterilização/validade dos pacotes;

✅Desconhecimento ou despreparo profissional;


Para reduzir o risco de contaminação, o CD e o TPD precisam analisar os perigos e são responsáveis pela aplicação de métodos preventivos todos os dias. Além disso, é importante que haja uma comunicação clara entre os profissionais para promover maior segurança em todas as etapas do trabalho. Não significa ter cuidado, é preciso entender os passos dados pelos parceiros e garantir que todos estejam seguros.

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